sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

UMA CENA DE CAÇA

No decurso da minha passagem pela Escola Prática de Infantaria, com sede no complexo monumental de Mafra, foi-me possível ter acesso a um magnífico painel de azulejos numa das salas do Palácio Real, figurando uma cena de caça. 
Este fato e o meu contacto assíduo com a Tapada de Mafra, mantida no pitoresco, luz e cor primitivas, onde se poderia imaginar num relance a passagem de um animal selvagem, veado ou javali, que me deram o impulso para criar a minha obra.
Nela, em traços gerais, o jogo da vida e da morte, contrapõe-se a um cenário imaginário, onde se conjugam a beleza e a harmonia, num ambiente idílico em que a vegetação e os rochedos se entrelaçam.
Entreguei o meu desenho original na fábrica de cerâmica de Sant´Anna, ao Chiado, que fez, primorosamente, a ampliação e a passagem a azulejo (painel intitulado Uma cena de caça – O Falcoeiro de 1977).
Atualmente esta obra encontra-se depositada no museu São João de Deus, na Casa de Saúde do Telhal. Contudo, o painel pode ser visto até 6 de Março do próximo ano no Museu do Oriente em Lisboa, integrado na exposição “A Arte da Falcoaria de Oriente a Ocidente”.





                       Texto: Henrique Manuel da Costa Lopes Nunes
Imagem (fonte): Museu do Oriente

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