No decurso da minha passagem pela
Escola Prática de Infantaria, com sede no complexo monumental de Mafra, foi-me
possível ter acesso a um magnífico painel de azulejos numa das salas do Palácio
Real, figurando uma cena de caça.
Este fato e o meu contacto assíduo
com a Tapada de Mafra, mantida no pitoresco, luz e cor primitivas, onde se
poderia imaginar num relance a passagem de um animal selvagem, veado ou javali,
que me deram o impulso para criar a minha obra.
Nela, em traços gerais, o jogo da
vida e da morte, contrapõe-se a um cenário imaginário, onde se conjugam a beleza
e a harmonia, num ambiente idílico em que a vegetação e os rochedos se
entrelaçam.
Entreguei o meu desenho original
na fábrica de cerâmica de Sant´Anna, ao Chiado, que fez, primorosamente, a
ampliação e a passagem a azulejo (painel intitulado Uma cena de caça – O Falcoeiro de 1977).
Atualmente esta obra encontra-se
depositada no museu São João de Deus, na Casa de Saúde do Telhal. Contudo, o
painel pode ser visto até 6 de Março do próximo ano no Museu do Oriente em
Lisboa, integrado na exposição “A Arte da Falcoaria de Oriente a Ocidente”.
Texto: Henrique Manuel da Costa Lopes Nunes
Imagem (fonte): Museu do Oriente

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